domingo, 31 de julho de 2011

6ª aula - Curso Piloto de Parapente

Novamente a aula foi no período da manhã. O vento estava um pouco melhor e já comecei o treino no morrote. Já melhorei bastante nos pousos, pelo menos não cai nem uma vez...rs

Agora é continuar repetindo os exercícios até que o controle se torne automático. Estou sentindo cada vez mais confiança e a vontade de já começar a voar aumenta a cada treino...

Meu instrutor me informou que a selete que comprei já deve chegar na semana que vem. Depois farei uma nova postagem com todas as informações dos equipamentos que já adquiri (agora só falta a vela e os equipamentos de proteção).

Semana que vem tem mais...

Um videozinho do que foi o fim de semana:



sábado, 30 de julho de 2011

5ª aula - Curso Piloto de Parapente

Recomecei o curso neste sábado, depois de quase um mês sem aulas. Este longo período se deu por causa das minhas férias e das competições que meu instrutor estava participando. A aula foi no período da manhã. O vento estava fraco mas como eu estava com uma vela mais leve e tranquila em relação a aula passada dava pra treinar reversa facilmente. A vela utilizada hoje foi uma DHV1-2.

Após alguns exercícios no solo, comecei o treino no morrote para exercitar a decolagem e o pouso. O vento deu uma melhorada, o que facilitou bastante o planeio da vela. Com apenas uma exceção, as decolagens foram feitas de maneira correta e não tive dificuldades em realizar os exercícios.

O único problema que tive foi que deixei a vela passar um pouco da minha cabeça e ela teve um colapso assimétrico, fechando a asa esquerda (O parapente é como duas asas). Como ainda não tinha começado o voo, ela pendeu para a esquerda (início de uma espiral) e eu deitei no chão acionando os freios com toda a força. Não me machuquei, mas poderia ter sido fatal se estivesse na rampa de voo. Mais uma vez percebi a necessidade do treinamento repetitivo para amadurecer as reações com o equipamento e não colocar a vida em risco em nenhum momento. Vale ressaltar que os momentos mais críticos no voo livre são a decolagem e o pouso.

Sobre os pousos, ainda preciso treinar mais...Ainda está faltando um pouco de sensibilidade para dar a freiada final antes de tocar o solo. Algumas vezes eu acionava antes, fazendo o parapente diminuir a velocidade bruscamente ainda longe do solo e causando uma chegada na vertical com grande impacto no solo, e outras vezes eu acionava depois, chegando com uma velocidade horizontal considerável e tendo que pousar sentado ou tendo que correr ao chegar ao solo. O pouso proporcionou algumas "vídeos-cacetadas".

Amanhã continuarei treinando decolagem e pouso...

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Troca de pneu

Hoje fui trocar o pneu traseiro da motoca com menos de 14 mil km rodados...O pneu acabou muito rápido (a parte central ficou lisa enquanto a lateral estava inteirona) e já estava causando instabilidade na motoca. O estranho é que ele estava todo rachado. Me pareceu que ele tinha algum problema de fabricação pois minha pilotagem é tranquila, não havendo razões para esse desgaste prematuro...

Ao invés de colocar o mesmo pneu que utilizei quando fui para a Argentina (Pirelli MT90 - que acabou com 10 mil km), instalei o Mitas 08. Apesar de ter um preço um pouco salgado (R$ 410,00 + R$ 15,00 do balanceamento), o pneu tem um ótimo custo/benefício, possuindo uma durabilidade excelente (perto dos 30 mil km) e com uma aderência muito boa. Tive a informação que este pneu não é recomendado para utilização na roda dianteira, pois a sua aderência não seria muito boa. Como meu pneu dianteiro está zerado, optei por mantê-lo...

Coloquei um pneu mais largo (140/80/R17), mas não percebi diferença alguma. Vamos ver se, com o uso diário, consigo perceber alguma coisa...Aproveitei também e troquei a pastilha de freio traseira, já deixando a moto pronta para a viagem de Outubro. Devo aproveitar a viagem ao Salão Duas Rodas para conhecer alguma cidade do litoral paulista...

Pneu antigo
Pneu Novo

terça-feira, 12 de julho de 2011

Classificação de parapentes

Antes de descrever a classificação irei falar de duas importantes instituições, a FAI e a DHV.

FAI - Fédération Aéronautique Internationale (The World Air Sports Federation) - Fundada na França em 1905, é uma entidade não governamental que promove e regulamenta mundialmente as atividades aeronáuticas e espaciais. Basicamente ela regulamenta e homologa recordes mundiais e eventos esportivos nas várias modalidades aéreas: balonismo, voo livre, aeromodelismo, pára-quedismo, astronáutica, asa delta, ultraleves e girocópteros. Seu lema é: "mais longe, mais rápido, mais alto"(www.fai.org)


DHV - Deutscher Hangegleiterverband E. V. - Órgão alemão não governamental que regulamenta e homologa tudo em relação a asa delta e parapente. Os serviços prestados pela DHV são : homologação de parapentes, asas e pára-quedas reserva, registros e análises de acidentes, divulgação e controle de campeonatos dentro e fora da Alemanha, divulga práticas de voo, mantém um serviço de classificados para venda de equipamentos, ministra cursos de voo e aplica testes em pilotos. Praticamente todos os fabricantes mundiais de asas e parapentes fazem homologação por esta entidade. A classificação que adota é classe 1, 2 e 3 e classificações intermediárias 1-2 e 2-3 sendo o 1 um equipamento muito fácil de pilotar e o 3 muito difícil, necessitando de pilotagem sempre ativa e respostas muito rápidas do piloto frente a incidentes de voo. (www.dhv.de)

O interessante é que a classificação é feita pelo pior resultado nos testes.  Caso um parapente tenha quase todos os quesitos classificados como DHV1 e um deles foi classificado como DHV1-2 ele terá sua classificação final como DHV1-2.  É por isso que um DHV1-2 de uma fábrica pode ser muito mais "manso" que um feito por outro fabricante.

Atualmente existem dois padrões de testes, o DHV e o padrão europeu EN.

Saída de Escola – (DHV / LTF 1 / *EN A)

Criado para uso de pilotos iniciantes, com pouca experiência no voo livre, que não enfrentaram condições adversas e não possuem reflexos e condicionamento de pilotos que voam a mais tempo. Este tipo de equipamento demora menos tempo para entrar em voo novamente quando em condições de panes como, assimétricas, esteiras e turbulências em geral. Estes equipamentos praticamente “voam sozinhos”, dispensando uma pilotagem ativa por parte do piloto.

Parapente Intermediário – (DHV / LTF 1-2 / *EN B)

Para pilotos que já voam a algum tempo e conhecem um pouco mais do voo livre fazendo voos em térmicas e desejam mais desempenho. Geralmente é o segundo parapente de todo piloto. Estas velas geralmente têm um bom nível de segurança (quase como os saída de escola), mas por serem mais velozes, com maior planeio e mais alongados exigem um piloto mais qualificado.

Parapente Avançado ou Performance Seguro (DHV / LTF 2 / *EN C)

Bom, este aí é certamente para pilotos mais avançados como o próprio nome diz. Ele precisa de um piloto atento e ativo para controlá-lo e apesar de seu bom nível de segurança não irá ajudá-lo quando você mais precisar. Normalmente o piloto é que ajuda a vela avançada a se comportar.


Parapente Avançado ou Performance (DHV / LTF 2-3 / *EN D)

Parapentes que possuem uma maior velocidade dos homologados, necessitam de pilotagem ativa. Uma pane assimétrica pode resultar em um efeito cascata que se não administrada pode ter sérias consequencias. Indicado para pilotos com muita frequência de voo.

Parapente de Competição

Nem precisa explicação. Estes são feitos para pilotos de competição, que estão acostumados com voo em situações de turbulência e com muitos anos de voo.

Conversão para LTF, DHV, EN

LTF e DHV utilizam a mesma norma e o mesmo processo de certificação - assim a conversão é direta:

LTF-1 = DHV-1
LTF-1/2= DHV-1/2
LTF-2 = DHV 2
LTF-2/3= DHV 2/3
LTF-3 = DHV 3

*Não existe conversão direta entre EN com LTF pois são normas diferentes.

Na europa será adotado no futuro classificação EN (classificações A-B-C-D)

EN A = DHV 1
EN B = DHV 1 OU DHV 1-2
EN C = DHV 2 OU DHV 2-3
EN D = DHV 2-3 OU DHV 3

Então a classificação e orientação para uso é:

* Velas escola e saida de escola A ou B (já que vela B pode ser usada para dar aula sse assim o fabricante concordar)
* Vela intermediaria basica B
* Velas sport C
* Velas performance D
* Competitions/open

Fontes: VentomaniaGuiadevoo

sábado, 2 de julho de 2011

4ª aula - Curso Piloto de Parapente

A aula neste sábado foi no período da manhã. O vento estava fraco mas dava pra treinar reversa. Senti grande dificuldade para inflar a vela pois eu precisa correr mais para que ela subisse e jogar o peso sobre a selete não estava fazendo efeito. Depois o instrutor me falou porque isso estava acontecendo: a) A vela era para um peso maior que o meu, dessa forma eu estava leve demais para a vela, não conseguindo inflá-la forçando meu peso na selete e b) ela era uma DHV 2, que necessita de mais velocidade para inflar. Ele fez isso para que eu percebesse a importância de se utilizar um equipamento correto tanto para meu peso quanto para minha experiência de voo.

O instrutor solicitou que eu treinasse a inflagem alpina. Depois dos exercícios ele perguntou se eu queria treinar no morrote. É claro que minha resposta foi positiva. O treino no morrote é importante pois é lá que treinamos a decolagem e o pouso. Esse convite para treinar no morrote foi muito importante para mim pois mostra que o instrutor está percebendo minha dedicação e entusiasmo no treinamento. Geralmente se leva de 2 a 3 meses para começar no morrote...

Coincidentemente ou não, foi só subir para o morrote que o vento começou a ficar muito forte...Foi a primeira vez que senti o vento dessa forma no treinamento.

No primeiro salto, a vela brincou comigo, me levando para onde ela queria. O instrutor me disse que isso aconteceu porque não posicionei a vela corretamente contra o vento e na hora da decolagem sai com vento lateral. Além disso não atuei ativamente nos comandos da vela.

No segundo já comecei a pegar o jeito do negócio. O instrutor me passou outras dicas de posicionamento pois estava freando demais, mas desta vez a vela já foi onde eu quis.

Na terceira tentativa já obtive meus primeiros 4 segundos de voo livre...Depois que o instrutor me orientou para que eu sentasse na selete, tive a sensação de que esse curso é o que eu realmente precisava. A sensação de estar voando é indescritível. Pena que o tempo do treino estava chegando ao fim...

Esse foi meu último salto do dia. Tive a instrução de como dobrar a vela com vento forte e sozinho...Valeu a experiência.

Agora saio de férias e só volto na última semana de julho...É segurar a ansiedade e economizar o máximo possível para começar a comprar os equipamentos no mês que vem...Mais uma vez deixarei a motoca parada em casa para viajar com a família de carro. A bixinha já está ficando com saudades de viajar...Fazer o quê, família em primeiro lugar...