3ª aula - Curso Piloto de Parapente

A aula deste domingo foi no período da manhã. O vento estava fraco mas dava a oportunidade de também treinar reversa. Inflei a vela exaustivamente em alpino e reverso. A repetição elimina o erro...

A Janaína, aluna que já está mais ou menos no meio do curso, me deu uma dica muito interessante para executar na hora da inflagem: ao invés de correr para inflar a vela, basta esticar os tirantes "a" ,puxá-los para si e ao mesmo tempo gerar um peso sobre a selete. Dessa forma a vela infla sem a necessidade de dar nem um passo... Claro que é necessário um pouquinho de vento...Isso me ajudou demais...rs

Só de não precisar ficar correndo facilitou bastante...

Notei que os alunos desanimam rápido quando o vento não ajuda...Acho que minha empolgação em ver a evolução no controle da vela não me deixou desanimar...É claro que o desgaste físico foi gigante, mas perceber que vc já está entendendo o comportamento da vela é contagiante...

Acabei de ler o livro "Manual do Parapente Obediente", de Kurt W. Stoeterau, um dos grandes instrutores de SIV do Brasil. O livro auxilia a criarmos uma "competência incosciente", automatizando movimentos para auxiliar a evitar e/ou sair de certas panes durante o voo. Gostei muito do livro. Comecei também a ler o livro "Voando de Parapente", por Silvio Ambrosini - o Sivuca, também grande instrutor de parapente e SIV. Este livro pode ser considerado como material didático devido à grande quantidade de informações sobre todas as áreas do voo, desde a história do esporte até o estudo de meteorologia, aerodinâmica, movimentos pendulares, etc. Vale a pena lê-lo...

Solicitei ao meu instrutor que fizesse o orçamento dos equipamentos necessários para começar o voo para que eu possa ir me programando e para começar a procurar no mercado equipamentos usados.  A minha ideia inicial é adquirir uma vela DHV1, ou saída de escola, usada para depois de alguns meses pegar uma DHV1-2 nova para ficar alguns anos com ela.  Irei fazer uma postagem para explicar melhor essas siglas...  A selete irei comprar nova, já que é um equipamento que pode ser utilizado por anos.  A vela e a selete que pretendo usar são fabricadas no Brasil pela Sol Paragliders.  A vela seria a Primus3 e a selete a Spring2 AirBag.  Além de ser equipamentos de excelente qualidade a origem nacional pesa um pouco na hora da manutenção.

Acho que por hoje é só. Agora é aguardar a próxima aula, que será só dia 2 de julho pois no fim de semana que vem será realizado o 2º Open de Parapente no Vale do Paranã...

2ª aula - Curso Piloto de Parapente

A aula foi no período da tarde. Estava praticamente sem vento e tive a primeira instrução para inflagem alpina. Achei que essa inflagem exige mais esforço por parte do piloto, além de necessitar correr bastante para manter o controle da vela sobre a cabeça. Depois de conseguir manter a vela sobre a cabeça, o instrutor me mostrou como deve ser o comportamento corporal para decolagem: tronco abaixado e braços esticados para trás, para que o peso dos braços não influencie nos freios da vela...

O desgaste foi muito grande nesta aula, que exigiu um esforço físico excessivo...Para quem não estava fazendo praticamente nada, com relação à exercícios físicos, essa aula exigiu muita persistência.

Achei a aula bastante proveitosa. Acho que estou conseguindo assimilar as orientações do instrutor de forma muito rápida. Sinto que só depende de mim para que o curso avance de maneira satisfatória. Claro que o treino e a repetição é que automatiza os movimentos, reduzindo bastante a probabilidade de erro humano...

Espero que no domingo o vento nos ajude.

1ª aula - Curso Piloto de Parapente

A partir de hoje irei falar um pouco sobre o curso de parapente. O curso tem duração média de 1 ano, dependendo da frequência e dedicação do aluno. Nos primeiros meses são utilizados dois locais para treinamento: Praça do Cruzeiro, para treinamento em solo, e QL 12 no Lago Sul, para treinamento em solo e morrote. O curso é ministrado nos finais de semana, com aulas práticas e teóricas. Os equipamentos utilizados são fornecidos pela escola até o aluno começar efetivamente a voar, o que deve acontecer após o 5º mês. O ideal é que o aluno comece a adquirir os equipamentos aos poucos para não tomar o susto de uma vez só...rsrsrs

O valor total do curso é de R$ 3.000,00 (divido em 3 vezes). O equipamento completo (vela + selete + reserva + mosquetões + rádio VHF + gps + variômetro), se for pra comprar tudo novo, fica em torno de R$ 9.000,00. Também deve-se comprar um capacete e é altamente recomendável utilizar uma bota e macacão apropriados. É importante que os futuros pilotos estejam cientes que é um esporte relativamente caro e que não adianta começar o curso se não vai ter a grana pra bancar os equipamentos...

Além do custo do equipamento, o futuro piloto também vai ter que arcar com os custos de viagem todos os finais de semana (quando já tiver saltando da rampa), hospedagem (quando for conhecer outras rampas), alimentação, combustível, etc.

Vale ressaltar que dá para adquirir todos os equipamentos usados por mais ou menos R$ 5.000,00. De qualquer forma é muita grana. Já adquiri o reserva e o variômetro usado por R$ 900,00. O gps irei utilizar o que já tenho, Garmin 60csx. No decorrer das postagens irei colocando os equipamentos que estarei comprando e os valores pagos...

Ao final do curso, o aluno ainda deverá fazer um curso de SIV (Simulação de Incidentes em Vôo) em Bragança Paulista - custo: R$ 850,00.

Depois desse curso o aluno ainda deverá fazer uma prova teórica que é aplicada pela ABVL (Associação Brasileira de Voo Livre) e tirar o Certificado de Operador de Estação de Radioamador (COER) Classe "C" fornecido pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

Pois é, o negócio é sério e requer dedicação e responsabilidade...

Para saber um pouco mais sobre o curso, clique aqui.

Depois dessa breve explanação, vamos falar um pouco da aula...

No sábado tive minha primeira aula do curso.

O instrutor me mostrou e me explicou como funciona os equipamentos eletrônicos (variômetro, gps e combinado), a vela e a selete com seus compartimentos. Também falou sobre a importância dos equipamentos de segurança como o capacete, a bota e o macacão...

Também aprendi a maneira correta de equipar e conectar o equipamento, além de realizar um roteiro de “Check” antes de qualquer decolagem.

Tive noções de inflagem reversa e alpina e como tinha um pouco de vento iríamos treinar a inflagem reversa. Também pratiquei o controle da vela no solo.

Consegui entender a sistemática bem rápido e um pouco antes do final do treino de quase 2:30hs já consegui ter o controle da vela sobre a cabeça por mais de 10 segundos, fato que exige muita coordenação motora e que geralmente o aluno consegue somente na 2ª ou 3ª aula.

Depois aprendi a dobrar a vela, fato de importância capital se o piloto deseja ter uma vela em condições de voo por vários anos. Deve-se ter um cuidado especial com o bordo de ataque para que não o danifique na dobragem...

O treino foi bastante cansativo pois parei apenas uma vez para beber um pouco de água e não estava acostumado com um teste físico tão severo.

Saí bastante motivado e já aguardando a próxima aula, que será daqui a 2 semanas (semana que vem não poderei assistir a aula).

Revoada Planaltina/GO

Finalmente consegui iniciar ontem o curso de paraglider depois de mais de um mês que já tinha definido com o instrutor (Post 01/05).  A primeira coisa que fiz foi conhecer os equipamentos que irei utilizar na instrução e os equipamentos eletrônicos que utilizarei no momento do voo.  O local do treinamento no solo não poderia ser melhor: Praça do Cruzeiro, em pleno eixo monumental, local de fácil acesso e sem movimento nos fins de semana.  Esse primeiro dia foi bastante cansativo mas muito gratificante. Irei fazer postagens contando sobre as aulas no decorrer do curso.

Hoje o pessoal do paraglider foi decolar do Vale do Paranã para pousar em Planaltina/GO.  Aproveitei que meu instrutor estaria presente para conversar um pouco mais sobre o curso e trocar uma ideia com o pessoal presente. Por volta de vinte pilotos decolaram da rampa hoje.  Foi a oportunidade de tranquilizar um pouco a esposa e levar a filhota para conhecer o esporte.  

Aproveitei para realizar alguns registros interessantes:

Tartaruga resgatada na rodovia e solta próxima à rampa

Também fiz um vídeo e postei no youtube: